domingo, 7 de junho de 2009

O Tempo

Nós somos o tempo, meu amor. Somos os grãos de areia a cair um por um na ampulheta. Somos o tic tac do relógio de pulso e as badaladas do de parede. Somos todas as posições do sol no céu e os 360º da sombra de uma árvore no meio de um passeio de cimento. Nós somos o choro de uma criança e o suspiro do idoso. Somos a vida e a morte. Não podemos ser as esperas no banco de uma estação de combóio, nem viagens até galáxias distantes. Porque, meu amor, os "para sempre" não existem e nós bem sabemos enquanto a noite se torna dia, enquanto as nossas mãos se desenlaçam e enquanto os nossos olhos se perdem de vista.

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