Como a vida é dor, como a vida é tristeza, refugiamos as nossas alegrias em heróis. Todos temos heróis. Eu tenho heróis. Não muitos, mas os suficientes para me aperceber que os heróis são pessoas como qualquer um de nós. Os heróis também são dor, são tristezas, como a vida, que refugiam as alegrias em outros heróis. Heróis como eu, como tu, como os meus heróis.
O meu herói, como eu, tem defeitos, e custa aceitar que um herói tenha defeitos. Mas não custa aceitar que eu os tenha. Dói mais descobrir os defeitos num herói, do que em mim. E às vezes os heróis têm mais defeitos que nós...
Mas ele é o meu herói, e eu não sou o herói de ninguém.